Neuropatia Periférica tem cura?

Funcionalitá • jun. 08, 2020
A neuropatia periférica é uma condição que afeta diretamente os nervos periféricos. Eles são responsáveis por enviar informações do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo, bem como trazer as mensagens sensoriais ao sistema nervoso central.

A doença afeta mulheres e homens de todas as faixas etárias, sendo mais frequente em indivíduos com mais de 40 anos de idade. Estima-se que 5% da população sofra de alguma neuropatia periférica. Esse número sobe para 30% entre pessoas após os 70 anos.

Devido as suas consequências, como perda de sensibilidade e atrofia muscular, é comum que as pessoas queiram saber se a neuropatia periférica tem cura. 

Responderemos essa dúvida e abordaremos mais sobre essa condição neste conteúdo. Boa leitura!

O que é neuropatia periférica?

Trata-se de uma doença que se desenvolve quando os nervos que regulam as extremidades do corpo, como mãos, pés e braços, são danificados. Os sintomas variam conforme o nervo afetado, porém, os mais comuns são:
  • Dormência e formigamento nos pés e nas mãos;
  • Perda da sensibilidade;
  • Fraqueza muscular;
  • Atrofia muscular;
  • Dor e sensação de queimação nas áreas afetadas;
  • Perda de coordenação e equilíbrio.
Esses desconfortos costumam ser constantes, mas podem surgir e sumir com frequência. Caso os nervos autônomos, que controlam funções como pressão arterial, digestão e frequência cardíaca, sejam afetados, é possível surgirem sintomas como:
  1. Intolerância ao calor;
  2. Transpiração excessiva ou inexistente;
  3. Problemas digestivos;
  4. Tonturas e sensação de desmaio.
A neuropatia periférica conta com mais de 90 causas possíveis. Porém, as mais comuns são:
  • Diabetes;
  • Etilismo;
  • Inflamação nos nervos devido a lesões ou esforços repetitivos;
  • Problemas endocrinológicos, como de tireoide e síndrome metabólica;
  • Efeito colateral de certos medicamentos, como quimioterápicos, antibióticos e estatinas;
  • Infecções virais e bacterianas, incluindo hepatites B e C e herpes zoster;
  • Doenças autoimunes, como reumatismo, lúpus e psoríase;
  • Doenças hereditárias;
  • Carência de certas vitaminas, principalmente do complexo B.
Devido a essas variadas causas, a condição requer uma ampla investigação por parte de um neurologista para, assim, determinar o melhor tratamento.

Neuropatia periférica tem cura?

Apesar de, na maioria dos casos, a neuropatia periférica não ter cura definitiva, ela pode ser tratada, contendo o seu avanço e minimizando os prejuízos causados à saúde. O tratamento depende essencialmente da sua causa.
  • Se o problema surgir devido à falta de vitaminas, por exemplo, a sua reposição é capaz de reverter o quadro;
  • Caso ela tenha ligação com uma doença endócrina, a terapia focada na causa-raiz pode evitar a progressão e melhorar os sintomas;
  • Se a causa é o etilismo, a interrupção do consumo de álcool consegue diminuir a progressão e recuperar o comprometimento nervoso;
  • Nos casos de inflamação nos nervos, a terapia imunossupressora, à base de corticoide e imunoglobulina, pode reverter completamente o quadro e praticamente promover a cura do paciente.

Consulte um médico especializado

Devido a possibilidade de evitar o avanço da condição, é essencial procurar ajuda médica aos primeiros indícios de alteração nas extremidades do corpo. O profissional irá realizar os exames necessários para determinar a causa do problema e, assim, indicar a terapia mais adequada.

Apesar de nem sempre a neuropatia periférica ter cura, ela pode ser tratada, permitindo que a pessoa tenha uma vida praticamente normal.

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