Neurocirurgia


O que é?
Área da medicina relacionada ao diagnóstico e tratamento de pacientes acometidos por doenças localizadas no sistema nervoso: cérebro, coluna vertebral e medula espinhal ou nervos periféricos. 
Assim, trata-se da especialidade responsável por realizar cirurgias no tratamento de doenças do sistema nervoso, como: aneurismas cerebrais, malformações vasculares, tumores intracranianos e medulares, tumores de base de crânio e da hipófise, hidrocefalia, hérnia de disco e outras doenças degenerativas da coluna vertebral, cirurgia para epilepsia, traumatismo crânio-encefálico, entre outras.
Na clínica Funcionalitá dispomos de atendimento neurocirúrgico para adultos e crianças, utilizando diversas técnicas modernas e seguras na abordagem destas afecções.

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Neurocirurgia

  • Aneurisma cerebral

    O que é?

    O aneurisma cerebral é uma dilatação que ocorre na parede enfraquecida de alguma artéria do cérebro. Forma-se uma espécie de bolha ou bexiga, que pode se romper com a pressão do fluxo sanguíneo no seu interior, levando a um quadro grave de hemorragia cerebral. 


    Causas

    Alguns casos apresentam predisposição familiar, porém hipertensão arterial, tabagismo e níveis elevados de colesterol constituem fatores de risco importantes para formação e ruptura de um aneurisma cerebral.


    Sintomas e diagnóstico

    É uma doença silenciosa, assintomática quando o aneurisma é pequeno e ainda não se rompeu. Sintomas antes da ruptura estão relacionados ao seu crescimento com compressão de estruturas cerebrais vizinhas. Quando rotos, os aneurismas se manifestam por dor de cabeça súbita e intensa, náuseas e vômitos, crise convulsiva ou perda de consciência. O sangramento pode ser fatal em 30% dos casos, e metade dos que sobrevivem apresenta sequelas neurológicas que impactam a qualidade de vida.

    Infelizmente, a maioria dos casos é diagnosticada após o aneurisma romper e causar um sangramento cerebral. A condição ideal é detectar um aneurisma antes de sua ruptura, evitando as drásticas complicações de um possível evento hemorrágico. Os exames utilizados são: angiotomografia, angiorressonância ou angiografia cerebral.


    Tratamento

    Não existe tratamento medicamentoso para um aneurisma cerebral. O tratamento definitivo de um aneurisma cerebral pode ser feito por cirurgia intracraniana com a colocação de clipes metálicos na base do aneurisma, ou por via endovascular através de um cateter introduzido na virilha que leva molas para o interior do aneurisma. Ambos os métodos consistem na exclusão do aneurisma da circulação sanguínea cerebral, ou seja, o sangue não mais entra pelo aneurisma e o risco de rompimento é anulado. Uma vez diagnosticado, o paciente deverá ser avaliado por um neurocirurgião para decisão da melhor estratégia terapêutica.


  • Malformação vascular do sistema nervoso central

    O que é?

    Existem inúmeras malformações dos vasos sanguíneos que nutrem diversas estruturas do encéfalo e medula espinhal. A mais comum delas é conhecida como Malformação Artério-Venosa ou MAV, que é um enovelado de vasos sanguíneos, havendo uma comunicação direta da artéria para a veia, sem passar por pequenos vasos chamados capilares. O segundo tipo mais importante de malformação vascular é o Cavernoma, lesões bem circunscritas, multilobuladas, às vezes múltiplas, formadas por diminutos vasos conglomerados chamados sinusoides.

    Ambas as malformações, MAVs e Cavernomas, podem gerar quadros de hemorragias cerebrais espontâneas (50%), crises epilépticas (25%) e déficits neurológicos progressivos conforme sua localização ou cefaleia (25%).


    Tratamento

    Para as MAVs, exames de angiografia cerebral e ressonância magnética de crânio serão fundamentais para definir a melhor estratégia terapêutica. Esta consiste em uma combinação ou de forma isolada entre: cirurgia para ressecção, embolização por técnica endovascular e/ou radioterapia.

    Já os cavernomas, diagnosticados por exames de ressonância magnética, não são passíveis de técnica endovascular no seu tratamento. Porém suas características, como quadro clínico, tamanho, localização e acessibilidade cirúrgica, deverão ser avaliadas para indicação de tratamento através de cirurgia para sua remoção.


  • Tumor Cerebral

    O que é?

    Um tumor cerebral surge quando há o crescimento anormal de células de algum tecido encontrado no interior do crânio, formando uma massa no seu interior. Podem ser originados das estruturas que circunda o cérebro, como ossos e meninges, como também do próprio tecido cerebral, por exemplo os gliomas. Além disso o cérebro pode atuar como um local que recebe células cancerígenas de outras partes do corpo, como pulmão e mama, são as metástases cerebrais.


    Sintomas

    Os sintomas dos tumores cerebrais podem se manifestar pela invasão local e disfunção da área cerebral afetada, pela compressão tumoral nos tecidos sadios ou pelo efeito de massa do tumor, aumentando a pressão no interior do crânio. Dessa forma irão variar conforme o tamanho, local e velocidade de crescimento. Os que apresentam velocidade de crescimento maior apresentam um componente mais agressivo (maligno), e os de baixa velocidade de crescimento geralmente tem características mais benignas.

    Assim, os tumores cerebrais podem se apresentar por dor de cabeça (cefaléia), às vezes associada a náuseas e vômitos, mudança do padrão habitual de dor, refletindo o efeito de massa do tumor; crises convulsivas; desmaios; alterações cognitivas, envolvendo memória e comportamento; sintomas neurológicos focais, como fraquezas, dormências, déficits visuais, tonturas e problemas de linguagem.


    Tratamentos

    É essencial consultar um especialista, que analisará o quadro e com base na localização, tipo, tamanho e agressividade do tumor, além de considerar o histórico médico, a idade e saúde geral do paciente, poderá indicar qual o tratamento mais adequado. Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários, como biópsias das lesões suspeitas ou sua remoção, complementada ou não com outros tratamentos como quimioterapia e radioterapia. Técnicas cirúrgicas modernas são utilizadas para maximizar a ressecção do tumor com segurança, preservando as funções neurológicas essenciais para a qualidade de vida dos pacientes.


    Tumores de Hipófise

    Existe uma particularidade nos tumores intracranianos que são os tumores de hipófise. A hipófise é a principal glândula do corpo humano e fica localizada na base do crânio, ela produz os principais hormônios que regulam nosso metabolismo.

    Por vezes as suas células podem crescer, formando tumores, na maioria benignos (adenomas de hipófise), que podem ser não funcionantes ou funcionantes (produtores de hormônios levando a doenças específicas com doença de Cushing, Acromegalia e Prolactinoma).

    Os principais sintomas estão relacionados à desregulação hormonal e/ou compressão das vias ópticas que estão logo acima da hipófise causando alterações importantes na visão até quadro de cegueira.

    Diagnosticado um tumor de hipófise torna-se imprescindível uma avaliação endocrinológica e neurocirúrgica. Quando indicado o tratamento cirúrgico, a via endonasal é a preferida. Nesta, utilizamos um endoscópio pelo nariz, onde uma equipe de neurocirurgião e otorrinolaringologista podem remover o tumor da hipófise e descomprimir o nervo da visão (vias ópticas). No pós-operatório será importante o acompanhamento endocrinológico.


  • Doenças degenerativas da coluna vertebral

    O que é?

    Existem condições capazes de acometer gradualmente a estrutura e função normal da coluna ao longo do tempo, além de comprimir as estruturas neurológicas vizinhas. Dentre tais condições estão a hérnia de disco, estenose (estreitamento) do canal vertebral e osteoartrose.

    A hérnia de disco, principal doença degenerativa da coluna, é caracterizada pela saída de parte dos discos intervertebrais, espécie de amortecedor entre as vértebras, que passam a comprimir as estruturas neurológicas e nervos que passam ao seu redor. A hérnia de disco é capaz de acometer a movimentação da coluna, resultando em um processo inflamatório agudo, o qual atinge as raízes nervosas que passam pela vértebra prejudicada. Os tipos mais comuns de hérnia de disco são as que acometem as regiões cervical e lombar da coluna.

    Já a estenose de canal vertebral, promove um estreitamento do canal por onde passam nervos e medula espinhal, comprometem a função destas estruturas a partir do nível acometido, com impacto na qualidade de vida dos doentes.


    Sintomas

    • Movimento limitado;
    • Dor no território do nervo acometido
    • Lesões nervosas
    • Fraqueza;
    • Perda sensorial e formigamentos

    Tratamentos

    A indicação de tratamento em quadros de doenças degenerativas, seja hérnia de disco ou estenose de canal, depende do tipo e gravidade da condição. Cada caso deve ser individualizado e avaliado para analisar a melhor forma de tratamento, seja conservador com reabilitação ou mesmo de procedimentos cirúrgicos que possam restaurar a função neurológica acometida pela doença na coluna vertebral.


  • Hidrocefalia

    O que é?

    Trata-se de uma condição a qual tem como principal característica o acúmulo excessivo de líquido, denominado cefalorraquidiano (LCR), no cérebro. Tal líquido em excesso é capaz de aumentar “espaços no cérebro” (ventrículos). Esse aumento acaba resultando em uma pressão potencialmente prejudicial sobre os tecidos do cérebro, causando mau funcionamento de áreas cerebrais e sintomas neurológicos específicos.


    Sintomas

    Os sintomas da hidrocefalia dependem de fatores como idade, progressão da doença, grau e tipo da hidrocefalia, e diferenças individuais na tolerância à condição.

    No caso de bebês e crianças, os principais sintomas são mudanças físicas na cabeça, vômito, irritabilidade, convulsões, mau crescimento, dor de cabeça, visão turva ou dupla, sonolência ou letargia, má coordenação e problemas ou dificuldades relacionados às habilidades adquiridas anteriormente, como andar e falar.

    Em pacientes jovens ou adultos, é mais comum a presença de sintomas como dor de cabeça, dificuldade relacionadas à coordenação, ao equilíbrio, à concentração e à memória, visão prejudicada e perda progressiva de outras habilidades de raciocínio. Também pode acontecer em idosos, sendo a Hidrocefalia de Pressão Normal a forma mais comum, caracterizada por dificuldade para caminhar, distúrbios de cognição e incontinência urinária. 


    Causas

    A hidrocefalia é causada pelo desequilíbrio entre a quantidade de LCR produzida e a quantidade absorvida. Tal desequilíbrio pode ser decorrente de:

    • Anormalidades genéticas herdadas;
    • Distúrbios do desenvolvimento;
    • Hemorragia intraventricular no recém-nascido;
    • Traumatismo craniano
    • Acidente vascular hemorrágico
    • Espontânea

    Tratamentos

    O tratamento para hidrocefalia envolve intervenção cirúrgica, a fim de evitar que o LCR acumule-se no cérebro e promova lesões definitivas. Desvia-se o excesso de LCR contido nos ventrículos para outra região, como a cavidade abdominal. O procedimento chama-se derivação ventrículo-peritoneal e dura aproximadamente de 30-50 minutos, com o paciente recebendo alta em 1-2 dias. 


  • Cirurgias para tratamento de Epilepsia

    O que é e quando é indicada?

    Antes de indicar a cirurgia como o tratamento mais adequado ao caso, o especialista avaliará o tipo de epilepsia, a região do cérebro envolvida/área do cérebro em que as convulsões se originam (denominadas foco epileptogênico), a fim de entender o impacto no cotidiano do paciente. Importante o acompanhamento e interação entre o neurologista clínico e o neurocirurgião para a tomada de decisão.

    A cirurgia de epilepsia pode ser indicada quando constatado que os medicamentos não são capazes de controlar as convulsões, a fim de eliminá-las ou limitar sua gravidade.

    Existem cirurgias onde é possível ressecar os focos das crises epilépticas (cirurgias ressectivas), como por exemplo a amigdalo-hipocampectomia, onde é removido estruturas epileptogênicas em uma doença conhecida como esclerose mesial temporal. Outras cirurgias para desconexão da área epileptogênica dos tecidos sadios; e quando não possível ressecar ou desconectar, podemos modular e regular a atividade elétrica cerebral através de um estimulador cerebral implantada em um nervo na região do pescoço (estimulador de nervo vago).


  • Traumatismo craniano (TCE)

    O que é?

    Um traumatismo craniano é caracterizado por abalos violentos sobre a caixa óssea que recobre o cérebro. Trata-se de uma lesão cerebral traumática, resultante, geralmente de um golpe ou grande impacto na região da cabeça. Tais lesões, quando leves, podem acometer de forma temporária as células cerebrais e, quando graves, é possível que resultem em hematomas, rompimento de tecidos, sangramentos e outros danos físicos ao cérebro, podendo ainda gerar complicações futuras. 


    Sintomas

    • Alteração no nível de consciência;
    • Dificuldade em manter-se acordado;
    • Falas desconexas;
    • Falhas na memória;
    • Dificuldade de orientação em relação ao tempo;
    • Náusea e/ou vômito;
    • Ferimentos extensos;
    • Sangue saindo pelo nariz ou pelas orelhas.

    Tratamentos

    Para indicação do tratamento adequado ao caso, é necessário consultar um especialista para que o quadro seja analisado, uma vez que existem diversos tipos de lesões cerebrais traumáticas.

    Uma vez constatados sinais de aumento da pressão intracraniana, devido a um sangramento, por exemplo, geralmente, indica-se a drenagem cirúrgica para retirada de hematomas e reparação dos vasos sanguíneos. Além disso, a cirurgia é realizada a fim de reparar fraturas do crânio, interromper sangramento no cérebro e aliviar a pressão intracraniana. A reabilitação pós-TCE é imprescindível na recuperação destes pacientes.


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Perguntas Frequentes

  • Quando a dor de cabeça deve ser suspeitada como um sintoma relacionado a um aneurisma ou tumor cerebral?

    A dores de cabeça (cefaleias) podem ser classificadas como Primárias (sem causa demonstrável pelos exames usuais. Exemplo: enxaqueca, cefaleia tensional) ou Secundárias. Estas última merecem atenção especial, pois são estas que podem estar relacionadas a um aneurisma ou tumor cerebral. 

    • A cefaleia secundária possuem um início recente, são persistentes e possuem alguns sinais de alerta (Red Flags): 
    • Primeira crise, com dor de início repentino, abrupto, caracterizada como "a pior dor da vida", faz-nos pensar em um sangramento por aneurisma, por exemplo.
    • Mudanças no padrão de dor, seja em intensidade ou frequência, início em idade não habitual (menor que 5 ou maior que 50 anos)
    • Dor de cabeça associada a desmaios, esforços ou atividade sxual/esforços físicos.
    • Cefaléia que acorda o paciente
    • Sintomas neurológicos como alteração do nível de consciência, crise convulsiva, fraquezas ou dormências e alterações visuais.

    Quando presentes estes sinais, o médico neurocirurgião ou neurologista deverá ser consultado para prosseguir com investigação complementar, onde causas secundárias como aneurismas e tumores deverão ser avaliadas.


  • Quais os cuidados necessários depois da cirurgia de hérnia de disco?

    Fazer uma cirurgia implica em uma série de cuidados que devem ser seguidos antes e depois do procedimento. No caso do procedimento cirúrgico para hérnia de disco, os principais cuidados operatórios, geralmente, são:

    • Manter o tratamento de reabilitação, ajustando o mesmo para o período pré e pós-operatório. Antes e após a cirurgia as demandas físicas são diferentes e o foco da reabilitação é diferente.
    • Retorno gradual às atividades que demanda esforço físico.
    • Fortalecimento muscular para melhor sustentação das estruturas da coluna vertebral
    • Evitar ganhar peso e evitar o sedentarismo
    • Aderência ao tratamento medicamentoso e terapias de reabilitação

  • O que causa um aneurisma?

    O aneurisma se forma pelo enfraquecimento da parede de uma artéria do cérebro. Neste ponto o estresse promovido pelo fluxo sanguíneo local formará uma dilatação em forma de saco, com maior fragilidade e risco de ruptura. Fatores de risco como hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia (colesterol alto), associados ou não a predisposição genética e doenças do colágeno por exemplo, podem acelerar o processo de formação do aneurisma, além de aumentar o risco de sua ruptura.


  • Após uma cirurgia para hidrocefalia, será necessário trocar o sistema de drenagem?

    Atualmente existem diversas marcas e modelos de derivação ventrículo-peritoneal (DVP). Um deles é o tipo chamado DVP programável, na qual o neurocirurgião poderá realizar ajustes no fluxo de drenagem apenas com um aparelho colocado em cima da pele, sem necessidade de novos procedimentos cirúrgicos ou incisões na pele.


  • Como é feita a cirurgia para clipagem de um aneurisma cerebral?

    O paciente é submetido a uma abertura pequena no crânio, onde os vasos cerebrais serão dissecados por corredores (espaços) já existentes no nosso cérebro até encontrar o aneurisma. Quando encontrado, os vasos adjacentes ao aneurisma também serão dissecados e separados. É colocado um clipe metálico de titânio na base do aneurisma, de forma que os vasos normais serão preservados e o aneurisma será excluído definitivamente da circulação sanguínea cerebral. Desta forma, evita-se um sangramento do aneurisma e suas possíveis consequências drásticas.


  • Como um tumor no cérebro é removido sem que o paciente fique com alguma sequela grave e definitiva?

    Atualmente, tumores em áreas eloquentes, como área motora, linguagem, visão, etc são operados com uma preparação importante no pré-operatório. Exames irão identificar quais as reais áreas que o tumor está acometendo e que funções estas áreas desempenham. Técnica modernas durante a cirurgia, permitem ao cirurgião saber se aquela área a ser ressecada é responsável por alguma função neurológica de extrema importância e o quanto ele poderá ressecar daquele tumor. Assim, conseguimos maximizar a ressecção cirúrgica e minimizar possíveis danos ao funcionamento normal do cérebro, preservando as funções neurológicas.


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