Neurologia Infantil


O que é?
A Neurologia Infantil (Neuropediatria) é a especialidade responsável pelo cuidado de crianças e adolescentes com diversas condições que acometem o sistema nervoso, levando em consideração o desenvolvimento deste.
A Funcionalitá também conta com pediatra para acompanhar o desenvolvimento saudável nos primeiros anos de vida e problemas clínicos nesta faixa etária.

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  • Neuroimunologia

    O que é? 

    O sistema imunológico do seu filho é projetado com o objetivo de construir mecanismos de defesas contra doenças. Entretanto, é possível que distúrbios genéticos, doenças infecciosas, doenças auto-imunes ou outras condições alterem o sistema imunológico e o mesmo acabe por atacar os tecidos saudáveis que compõe o sistema nervoso central, resultando em distúrbios inflamatórios do cérebro. As doenças neuroimunológicas são raras na faixa etária pediátrica, porém estão associadas a possíveis sequelas neurológicas graves e necessitam de um acompanhamento especializado para o diagnóstico e tratamento adequados.


    São exemplos a Esclerose Múltipla, o Espectro da Neuromielite Óptica (Doença de Devic), as Encefalites Autoimunes, a Miastenia Gravis, a Síndrome de Guillain-Barré, a Síndrome Opsoclonus-Mioclonia-Ataxia (Síndrome de Kinsbourne), dentre outras.


    Causas

    Essas doenças decorrem de disfunções do sistema imunológico que produzem células ou substâncias que atacam o sistema nervoso e, por fim, geram a inflamação.

    Na maioria das vezes nenhum desencadeante é encontrado como causa do distúrbio imunológico. No entanto, é possível que infecções e tumores estejam envolvidos em alguns casos específicos.


    Sintomas

    Os sinais e sintomas apresentados pela criança dependem da área do sistema nervoso afetado pela inflamação. Os sintomas mais comuns são:

    • Perda de força e desequilíbrio;
    • Dormência e alteração da sensibilidade;
    • Perda de visão;
    • Movimentos involuntários anormais;
    • Crises convulsivas;
    • Alterações comportamentais.

    Tratamentos

    Para indicação do tratamento mais adequado, é indispensável consultar um neuropediatra, a fim de obter a correta avaliação do quadro e o diagnóstico preciso.


  • Transtorno do Espectro Autista (TEA)

    O que é? 

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente, perceptíveis já nos primeiros anos de vida. São elas: dificuldade de socialização, deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, além de padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

     

    Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades e o prejuízo no relacionamento social. 


    Causas

    Ainda não há uma causa definida para o desenvolvimento do autismo. Inúmeros estudos mostram que existe um forte componente genético, porém na grande maioria dos casos ocorre uma combinação de vários genes herdados e genes individuais que associados a fatores ambientais levam ao autismo.


    Sintomas

    Os pacientes com TEA têm déficit na comunicação e interação social em múltiplos contextos, manifestada por dificuldade na reciprocidade social e emocional, dificuldade na comunicação não verbal (contato visual e expressões faciais) e dificuldade em desenvolver, manter e entender as relações sociais. Associados a esses sinais ocorrem padrões de comportamento com interesses e atividades restritos e repetitivos. Os sintomas estão presentes desde os primeiros anos de vida e são suficientes para causar impacto social.


    Tratamentos

    Ao obter o diagnóstico de autismo, é importante que o tratamento seja iniciado o mais breve possível. Estudos mostram que as crianças que são reabilitadas mais precocemente têm resultados melhores. É necessário aplicar um conjunto de modalidades terapêuticas, a fim de aprimorar o potencial de desenvolvimento social, comunicação e autonomia com inserção na família, escola e comunidade, para, assim, promover melhoria na qualidade de vida.

  • Atrasos do desenvolvimento

    O que é? 

    O sistema nervoso das crianças está em constante desenvolvimento. Em especial nos primeiros anos de vida, a criança deve adquirir diversas habilidades motoras, de linguagem e sociais. 

    As etapas em que cada habilidade deve ser adquirida são bem estabelecidas e devem ser observadas pelos pais e pediatras que acompanham o crescimento e desenvolvimento das crianças.


    Os atrasos do desenvolvimento ocorrem quando a criança não atinge o marco esperado para idade.  O atraso pode ser de apenas uma ou de várias áreas do desenvolvimento. Por exemplo, uma criança aos 18 meses que não anda, mas fala algumas palavras e tenta se comunicar provavelmente tem atraso do desenvolvimento motor apenas. Por outro lado, uma criança que aos 3 anos não consegue pular ou correr e também não fala frases e não se comunica, tem atraso global do desenvolvimento.


    Causas

    São diversas as causas de atrasos do desenvolvimento que podem ser desde o período da gestação e parto a diferentes síndromes genéticas, traumas na infância e consequências de doenças sistêmicas graves. 


  • Epilepsia na Infância

    O que é? 

    A Epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns na infância. As crianças portadoras desta condição cursam com crises epilépticas de variadas frequências. As crises epilépticas ocorrem quando há descargas elétricas anormais nos neurônios.


    Causas

    As crises epilépticas podem ocorrer de forma isolada ou associada a outros problemas neurológicos, como paralisia cerebral, síndromes genéticas, malformações, traumatismos, tumores cerebrais, infecções do sistema nervoso, dentre outros. Há algumas crises que ocorrem mais frequentemente em crianças com história de epilepsia na família, como por exemplo a crise febril.


    Sintomas

    A Epilepsia pode se manifestar de diversas formas, na dependência da idade, causa e do local afetado no cérebro. Exemplos de crises na infância são:

    • Crise de convulsão: chamada pelos médicos de crise tônico-clônica, há perda da consciência e abalos generalizados com duração variada;
    • Crise de ausência: ocorre parada comportamental com ou sem manifestação motora;
    • Crise focal: há manifestações motoras mais sutis;
    • Espasmos infantis: crise característica da síndrome de West.

    Diagnóstico

    O diagnóstico de Epilepsia depende de uma avaliação detalhada das crises e do histórico da criança. Na maioria das vezes é necessário realizar o exame de eletroencefalograma e também um estudo de imagem do cérebro.


    Tratamentos

    O tratamento é habitualmente realizado com drogas anticonvulsivantes de forma crônica. A escolha da medicação é feita pelo médico neuropediatra levando-se em consideração o tipo de crise e o histórico do paciente. 

  • Cefaleia na infância

    O que é? 

    Cefaléia é o nome médico para dor de cabeça. É uma condição muito frequente em crianças e adolescentes, sendo uma das principais causas de necessidade de avaliação do neuropediatra no pronto-socorro e no consultório.


    Causas

    As dores são classificadas em primárias, quando não há uma causa conhecida para dor, ou secundárias, quando a dor decorre de um problema médico. As cefaleias primárias mais comuns em crianças são a enxaqueca e a cefaleia tensional. Já as secundárias decorrem de condições clínicas comuns (gripes e infecções de vias aéreas superiores) e, mais raramente, de problemas graves de saúde (traumatismo, sangramento ou isquemia cerebral, tumores).


    Diagnóstico

    O diagnóstico depende de uma avaliação neurológica detalhada e exame neurológico completo. Em alguns casos é necessário exames complementares como tomografia computadorizada de crânio ou ressonância magnética de encéfalo para investigação de causas de cefaleia secundária.


    Tratamentos

    O tratamento da cefaleia depende do diagnóstico (se primária ou secundária), da intensidade e frequência das dores. 

  • Doenças neuromusculares na infância

    O que é? 

    São doenças que podem envolver os neurônios na medula espinhal, os nervos periféricos e os músculos. As principais doenças neuromusculares na infância são a atrofia muscular espinhal (AME), as neuropatias hereditárias, conhecidas como doença de Charcot-Marie-Tooth, as miopatias congênitas e as distrofias musculares. 


    Causas

    As causas são variáveis, mas as principais doenças neuromusculares da infância têm origem genética. Geralmente, um erro no DNA (mutação) pode danificar o funcionamento dos neurônios ou das fibras musculares, levando à fraqueza muscular. 


    Sintomas

    Os principais sintomas são o atraso do desenvolvimento motor, ou seja, retardo para adquirir habilidades motoras, como sustentar a cabeça, sentar sem apoio, andar sozinho, ou a perda do tônus, que deixa os músculos flácidos e a criança "molinha". Pode ocorrer também atrofia muscular e dificuldades para engolir ou respirar. 


    Tratamentos

    A indicação do tratamento mais adequado depende da doença, condições específicas e causas do distúrbio. Dentre as possibilidades estão terapia medicamentosa, terapia que modificam o DNA, medicações imunossupressoras em alguns casos, fisioterapia, suporte para apoiar músculos enfraquecidos (órteses), suporte ventilatório e cirurgia ortopédica.

  • Paralisia Cerebral

    O que é? 

    É um grupo de doenças que afeta o sistema nervoso em desenvolvimento com acometimento motor e da postura. A Paralisia cerebral não é progressiva, mas por acometer uma fase muito importante do desenvolvimento cerebral pode cursar com incapacidades importantes.


    Causas 

    Para ser causa de Paralisia Cerebral, a doença deve acometer o sistema nervoso no feto ou até os 2-5 anos de vida. São exemplos: 

    • Anóxia neonatal (falta de oxigênio no nascimento);
    • Infecções congênitas;
    • Prematuridade extrema;
    • Malformações do sistema nervoso;
    • Traumatismos;
    • Infecções do sistema nervoso.

    Sintomas e sinais

    A depender da causa e da região afetada no cérebro, a criança com paralisia cerebral pode apresentar dificuldade de movimentação de um membro, um lado do corpo ou todos os membros. Também pode haver outros problemas neurológicos associados como epilepsia, alteração cognitiva (exemplo: atraso da linguagem e deficiência intelectual), alteração na visão e audição.


    Tratamento 

    O tratamento da Paralisia Cerebral geralmente envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar com terapeutas (Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Terapeuta ocupacional) e médicos de outras especialidades na dependência das necessidades (Ortopedista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista) promovendo qualidade de vida para as crianças portadoras.


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Perguntas Frequentes

  • Qual a melhor forma de tratamento para epilepsia?

    A indicação de tratamento mais indicado depende do tipo de crise epiléptica apresentado pela criança. Dessa forma, varia de paciente para paciente e é necessária uma análise do quadro. Existem medicamentos antiepilépticos, assim como outros tratamentos: cirurgia cerebral, uso de dispositivos médicos para prevenir e controlar convulsões (neuroestimulação) e realização de terapias dietéticas.


  • O que é importante que uma família com uma criança autista saiba?

    É essencial a compreensão da família, pois o cérebro de uma criança com Transtorno do Espectro Autista é diferente do cérebro das demais. É importante que a família saiba analisar os momentos em que a criança sente-se desconfortável ou incomodada, a fim de afastar o fator que causa tais sensações. 


    Além disso, a família deve estimular o desenvolvimento de novas habilidades, com base no que agrada a criança, a fim de prender a atenção através da aproximação com o seu interesse. Outro fator importante é o estabelecimento da rotina e o uso de comunicação clara e objetiva, compreendendo qual a melhor forma de conversar e se comunicar com a criança. Ademais, há um fator indispensável: a presença dos pais, que devem lidar de forma natural e afetuosa. 

  • Como é o tratamento para atrasos no desenvolvimento?

    É essencial consultar um neuropediatra para avaliação detalhada do quadro e orientação adequada do que pode ser feito para auxiliar no desenvolvimento da criança, proporcionando maior qualidade de vida.


    Existe um conjunto de exercícios diversificados, realizados com os objetivos de fortalecer os músculos, corrigir a postura, estimular a visão e tratar reflexos e bloqueios, além de contraturas e deformidades. 


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